Falta de segurança preocupa comerciantes que trabalham no Camelódromo de Presidente Prudente: 'Não temos suporte da Prefeitura'




Boxistas relataram as dificuldades enfrentadas no local, principalmente, no período noturno. Camelódromo de Presidente Prudente (SP)
Arquivo/g1
A falta de segurança no Shopping Popular “Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima”, o tão conhecido Camelódromo, em Presidente Prudente (SP), é alvo de preocupação para os comerciantes que trabalham no local. O espaço, que foi reaberto em 1º de julho de 2023 e fica localizado na Praça da Bandeira, no Centro, conta com 240 boxes e, destes, 111 ainda estão desocupados.
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Segundo dados da Polícia Civil, entre os dias 14 e 18 de março de 2025, um Boletim de Ocorrência registrou furtos de 11 hidrômetros, duas mangueiras e seis grelhas dos ralos de drenagem de água pluvial, além de diversos danos em grades e estruturas, como em 18 conexões e tubulações de canos de PVC, que foram encontrados estourados.
No mesmo dia 14, os comerciantes do Camelódromo também entraram em contato com a equipe de reportagem da TV Fronteira e relataram o furto de fios elétricos, que causou transtornos nas vendas dos boxistas que dependiam do cabeamento.
Na ocorrência, a Prefeitura foi notificada e providenciou a reposição dos materiais, e uma equipe foi mobilizada para realizar a reinstalação, restabelecendo posteriormente o fornecimento de energia.
Furto de fiação do camelódromo causa transtornos em Presidente Prudente
De acordo com a boxista Maria dos Anjos Ferreira de Almeida, de 60 anos, que trabalha há 28 anos no local com armarinhos e microeletrônicos em geral, o último registro de furto que presenciou foi o dos fios, mas ressaltou ao g1 que, neste ano, já houve ocorrência de extintores e mercadorias furtados.
“Nós não temos um suporte da Prefeitura para termos uma segurança adequada. Pagamos um guarda com recursos próprios, porém, não é o suficiente pela quantidade de boxes, que são 240, o que fica ruim para somente uma pessoa cuidar”, ressaltou Maria dos Anjos.
“Chegamos [na segunda-feira] para trabalhar e as lâmpadas começaram a queimar, as máquinas estavam dando erro… Medi a energia e, onde era pra ter 127vac tinha 207vac. Chamamos a Energisa, que constatou o furto e ligou para a Prefeitura providenciar o reparo. Na terça-feira, continuávamos sem energia”, compartilhou a comerciante.
O boxista Clóvis Marques de Freitas, de 62 anos, que trabalha no reparo de eletrônicos, contou que, no dia do furto dos fios elétricos, as vendas e os serviços que ele realizava foram diretamente impactados.
Camelódromo de Presidente Prudente (SP)
Arquivo/g1
Para o vendedor Amarildo José de Araújo, de 63 anos, os furtos acontecem devido à falta de segurança noturna no local e que se sente seguro apenas durante o dia.
“A segurança é feita por duas pessoas que são contratadas por nós [boxistas] para fazer a ronda, de segunda a segunda, mas não são treinadas para enfrentar bandidos. Por ser um patrimônio público, a Prefeitura deveria ser responsável pela segurança”, contou ele em entrevista ao g1.
Camelódromo de Presidente Prudente (SP)
Arquivo/g1
Araújo, que comercializa peças automotivas, óculos e objetos de utilidades diversas, contou que não presenciou o furto dos cabos do Camelódromo porque o crime ocorreu durante a madrugada, e ressaltou que, para manter o seu boxe seguro à noite, mantém o espaço bloqueado com cadeados e fechadura.
Freitas também contou ao g1 sobre a insegurança que sente no local quando o período da noite chega.
“Durante o expediente [das 8h às 18h], me sinto seguro. Os ‘nóias’ e moradores de rua chegam à noite para receberem alimentação, que algumas entidades religiosas/assistenciais proporcionam a eles aqui na praça… Aí alguns acabam ficando por aqui nas redondezas e acabam praticando furtos”, disse o vendedor ao g1.
Camelódromo de Presidente Prudente (SP)
Arquivo/g1
Local de trabalho seguro, um direito de todos
Ao g1, a Polícia Militar informou que reforçou o policiamento ostensivo e preventivo em toda a área central de Presidente Prudente, com atenção especial ao Camelódromo, buscando garantir maior segurança aos comerciantes, trabalhadores e frequentadores.
“O Camelódromo conta com patrulhamento diário, realizado por equipes de Radiopatrulhamento, Força Tática e Rocam [Rondas Ostensivas Motorizadas]. As viaturas são posicionadas estrategicamente em pontos críticos, com rondas constantes durante todo o dia e em horários de maior fluxo”, disse a PM.
Segundo o advogado Luã Carlos Souza de Oliveira, de 33 anos, a legislação brasileira garante ao trabalhador o direito de um ambiente de trabalho seguro e saudável.
Camelódromo de Presidente Prudente (SP)
Arquivo/g1
“A Constituição Federal diz que é dever do empregador reduzir os riscos no trabalho, oferecendo condições adequadas para preservar a saúde e a integridade dos funcionários. Já a Consolidação das Leis do Trabalho [CLT] detalha que, aquele que contrata deve tomar todas as medidas necessárias para garantir essa segurança, como fornecer equipamentos de proteção, treinar os trabalhadores e manter o local em boas condições”, exemplificou o advogado.
Oliveira detalhou ao g1 que, em casos de alegações sobre a segurança do Camelódromo, os trabalhadores locais podem fazer uma denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) ou, então, buscar auxílio do sindicato da sua categoria ou até da própria Prefeitura, que é a responsável pelo espaço público.
“Um local pode ser considerado perigoso quando oferece riscos à saúde ou à vida das pessoas. Isso pode incluir fios elétricos expostos, risco de incêndio, falta de saída de emergência, estrutura precária, desorganização dos espaços ou mesmo a presença de violência. Se essas situações não forem resolvidas, o local é considerado inseguro tanto para quem trabalha quanto para quem frequenta”, salientou ao g1.
Camelódromo de Presidente Prudente (SP)
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Ainda, o advogado compartilhou durante a entrevista que a falta de segurança de um local afeta, além dos trabalhadores, os próprios consumidores.
“Quando o local é inseguro, os consumidores também podem ser diretamente afetados, pois as más condições de segurança, como fiação exposta, pisos escorregadios ou ausência de rotas e sinalizações de fuga, podem causar acidentes, como choques elétricos, quedas e, em situações mais graves, tumultos em caso de incêndio ou emergência”, contou ao g1.
“Além disso, a insegurança afasta o público, prejudica as vendas e a confiança no espaço, razão pela qual garantir um Camelódromo seguro é bom para todos, aos trabalhadores, lojistas e clientes”, finalizou o advogado.
Camelódromo de Presidente Prudente (SP)
Cedida
À espera de providências
Ao g1, os comerciantes compartilharam que esperam providências da Prefeitura em relação à segurança do Shopping Popular e que medidas eficazes precisam ser adotadas.
“A questão de segurança é um problema nacional, com leis falhas e recursos limitados ou mal direcionados. No Camelódromo, sugerimos a implantação de uma base da PM aqui, o que ajudaria a coibir tanto atos de furtos e/ou vandalismos como também o tráfico de drogas”.
“Esperamos que a Prefeitura ceda um guarda somente para o Camelódromo e libere a autorização para nós, vendedores, reforçarmos a segurança das portas dos boxes, como, por exemplo, colocar grades”.
“A medida que se espera é que a Prefeitura coloque vigias noturnos. É mais à noite, mesmo, quando os boxes ficam todos fechados e as pessoas mal intencionadas ficam rondando por aqui”.
Camelódromo de Presidente Prudente (SP)
Cedida
Diante da situação, a Polícia Militar também orienta os comerciantes para que seja feito o reforço da vigilância, com a instalação de sistemas de câmeras de segurança, e o suplemento da iluminação interna e externa de seus estabelecimentos.
Além disso, a PM ressalta a importância de manter constante a comunicação entre os próprios comerciantes, criando redes de proteção comunitária e o registro imediato de qualquer atividade suspeita.
Camelódromo de Presidente Prudente (SP)
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Outro lado
O g1 solicitou um posicionamento oficial sobre o assunto à Prefeitura de Presidente Prudente e a resposta enviada à reportagem segue abaixo na íntegra:
“Infelizmente, temos enfrentado furtos praticados, em sua maioria, por algumas pessoas em situação de ruas que visam revender o material subtraído. Essa realidade não é exclusiva do Camelódromo, mas ocorre em diferentes pontos da cidade e em outras cidades do país.
A Prefeitura tem ciência da situação e trabalha em conjunto com as forças de segurança para minimizar esse tipo de ação.
A segurança no Camelódromo é dividida de acordo com a legislação vigente. O Decreto Municipal nº 34.265/2023 estabelece que a Prefeitura é responsável pela proteção do patrimônio público de uso comum. Já a segurança dos boxes, por se tratarem de espaços locados individualmente, é de responsabilidade dos próprios comerciantes.
Ainda assim, a Prefeitura vem buscando alternativas para reforçar o monitoramento e colaborar com os locatários, como por exemplo a parceria firmada entre a Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP) e a Prefeitura de Presidente Prudente, com o Centro de Emergência Multiagências.
Os furtos ocorrem no local desde quando estava em obras. Atualmente a Prefeitura tem monitorado a situação e atua prontamente sempre que há registro de ocorrências, como foi o caso recente”.
Camelódromo de Presidente Prudente (SP)
Arquivo/g1

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Fonte: G1

Sesc São Paulo tem programação especial na Semana do Meio Ambiente


O Sesc São Paulo abre hoje (4) a terceira edição do evento Territórios do Comum 2025, que traz exposições, oficinas, rodas de conversa, cursos e outras atividades em unidades da capital, do interior e do litoral paulista.

Resiliência e Regeneração para Comunidade Sustentáveis é o tema do evento, que tem economia e comunidade como eixos centrais das discussões e proposições.

O projeto propõe valorizar a ação coletiva, reunindo pessoas, experiências e iniciativas que cultivam outros modos de existir. Segundo organizadores, a ação reafirma a “urgência de regenerar nossas relações com o outro e com o planeta. Em tempos de emergência climática e desigualdade estrutural, cuidar do comum é uma escolha ética, política e urgente”.

No total, 170 atividades diferentes foram programadas para 31 unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc), voltadas para integração de áreas como educação, turismo e valorização social. São mutirões, feiras, debates, vivências, laboratórios, encontros e cursos que podem ser consultados no site do Sesc.

Entre as principais unidades que participam do evento, o Sesc Avenida Paulista receberá uma feira de produção artesanal nesta quinta-feira (5) – Dia Mundial do Meio Ambiente – com rodas de conversa sobre sustentabilidade.

Serviço:

Territórios do Comum 2025 – Resiliência e Regeneração para Cidades e Comunidades Sustentáveis
De 04 a 15 de junho de 2025
Em 31 unidades participantes em todo o estado de São Paulo
Programação completa em: sescsp.org.br/territoriosdocomum




Fonte: Agência Brasil

Marinha expulsa militar condenado por atos golpistas de 8 de janeiro


A Marinha divulgou, nesta quarta-feira (4), que expulsou o suboficial Marco Antônio Braga Caldas, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 14 anos de prisão por participação nos atos golpistas realizados em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Ele já estava na reserva (o equivalente a situação de aposentado).

Caldas é o primeiro militar expulso das fileiras militares em razão de condenação no caso dos atos de 8 de janeiro, quando um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.  A decisão foi tomada após avaliação do Conselho de Disciplina encarregado de avaliar a situação do militar. Após o julgamento, foi definida a “exclusão a bem da disciplina do militar da situação de inatividade”.

Segundo regulamento dos militares, o Conselho Disciplinar é o órgão que avalia incorreções disciplinares e é composto por cinco membros. Esse grupo é reunido para julgar situações como essa, em que o militar é condenado pela justiça civil.

O STF determinou a execução da pena em dezembro do ano passado. Por enquanto, ele está preso em quartel da Marinha. Mas, com a expulsão, ele deve perder o direito à prisão especial. 




Fonte: Agência Brasil

Investigações identificam suspeitos de sufocar idoso vítima de assalto em Presidente Epitácio | Presidente Prudente e Região


De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos invadiram a casa da vítima, no bairro Jardim Real 2, por volta das 2h, quando um dos homens a sufocou com um cobertor, enquanto o outro pegou R$ 500 do bolso de sua calça. Após o crime, ambos fugiram do local.




Fonte: G1

Jovem é preso em flagrante com quase 70 comprimidos de ecstasy, droga sintética com efeitos alucinógenos, em Pres. Venceslau




Rapaz, de 21 anos, pretendia faturar R$ 3.350 com a revenda da droga. Jovem foi preso com quase 70 comprimidos de ecstasy em Presidente Venceslau (SP)
Polícia Militar
Um rapaz, de 21 anos, foi preso em flagrante nesta terça-feira (3) por tráfico de droga após a Polícia Militar localizar com ele 67 comprimidos de metilenodioxianfetamina (MDA), no bairro Vila Luiza, em Presidente Venceslau (SP).
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Conforme a Polícia Militar, uma equipe da Força Tática desconfiou da atitude do rapaz e realizou uma abordagem. Com ele, foram encontrados quatro comprimidos de MDA, droga sintética com efeitos estimulantes e alucinógenos popularmente conhecida como “ecstasy”.
Os militares foram até a casa do suspeito e, com permissão de sua mãe, realizaram uma busca no local, onde localizaram mais 63 comprimidos da mesma substância.
Ao ser perguntado sobre a origem do entorpecente, o jovem assumiu ter pago R$ 1.000 pelas pílulas, com intenção de revendê-las na cidade pelo valor de R$ 50 cada, o que lhe geraria um faturamento total de R$ 3.350.
O rapaz foi levado à Delegacia da Polícia Civil, onde foi ratificada a prisão em flagrante por tráfico de droga.
Nesta quarta-feira (4), durante a audiência de custódia, a Justiça converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva e o suspeito foi transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP), em Caiuá (SP).
O ecstasy
A MDA é um análogo da anfetamina e membro do grupo de drogas “ecstasy”, que também inclui a metilenodioximetanfetamina (MDMA) e a metilenodioxietilanfetamina (MDEA).
A droga costuma ser ingerida no formato de pílula e seus efeitos, geralmente, duram de 4 a 6 horas.
O ecstasy costuma ser utilizado muitas vezes em festas por acentuar as atividades motoras e a frequência cardíaca.

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Fonte: G1

Procons de MS receberam queixas de aposentados contra 121 associações


Em 2024, aposentados e pensionistas de Mato Grosso do Sul apresentaram queixas aos Procons locais contra, no mínimo, 121 entidades acusadas de descontos indevidos em benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Os números constam de um relatório elaborado pela Coordenadoria Jurídica da Procuradoria-Geral (Cjur/Procon-MS) e representa um resultado três vezes superior ao número (41) de entidades associativas contestadas diretamente ao INSS, depois que foi deflagrada a Operação Sem Desconto, em 23 de abril deste ano.

“Não podemos afirmar que todas essas [121] entidades estavam ou estão envolvidas em alguma ilegalidade, muito menos acusá-las de integrar qualquer suposto esquema. Até porque, pode haver reclamações improcedentes, apresentadas por pessoas que, de fato, autorizaram o desconto”, ponderou a procuradora estadual Carla Cardoso Nunes da Cunha, em entrevista à Agência Brasil.

“O fato é que, só em Mato Grosso do Sul, em apenas um ano, recebemos reclamações por descontos indevidos de mensalidades associativas contra 121 entidades. [Um número] muito maior [que o já apurado pelo INSS]”, acrescentou a procuradora, referindo-se às entidades associativas que foram alvo de questionamentos de cobranças feitos por 2,56 milhões de aposentados e pensionistas de todo o país ao INSS nas últimas semanas.

“Insisto: não estamos dizendo que elas agiram ilegalmente, mas me parece que este volume de entidades também precisa ser investigado”, pontuou a procuradora.

Relatório

O número de organizações sociais questionadas por aposentados e pensionistas sul-mato-grossenses foi obtido a partir da análise de cerca de 4 mil queixas registradas por 23 Procons municipais que responderam a uma pesquisa feita pela Procuradoria-Geral, além do Procon estadual.

Segundo a procuradora, o resultado pode não representar a real dimensão do problema no estado, já que outros 22 Procons municipais não forneceram as informações solicitadas. Além disso, 34 cidades sul-mato-grossenses simplesmente não contam com um Procon.

Além do número de reclamações e do fato das eventuais fraudes prejudicarem idosos – muitos deles em condição de “hipervulnerabilidade”, Carla Cardoso chama a atenção para o fato de que, durante parte do período analisado, apenas 29 entidades em todo o país tinham autorização para cobrar mensalidades associativas por intermédio de desconto direto em benefício previdenciário.

Para isso, contudo, tinham que cumprir as exigências da Instrução Normativa nº 162, do próprio instituto.

“A instrução contém os requisitos para que [o INSS autorize] uma entidade a oferecer [o desconto]. Ela determina, por exemplo, que para celebrar contratos com os aposentados e pensionistas, a organização precisa ter assinado um acordo de cooperação técnica com o instituto. E que as autorizações dos beneficiários têm que ser feitas com o uso de biometria, assinatura eletrônica, não sendo aceita procuração”, detalhou Carla.

“Ou seja, é uma instrução maravilhosa. E que, se fosse observada, evitaria problemas como os descontos associativos indevidos”, acrescentou a procuradora, revelando que, diante da “gravidade da situação”, integrantes do Conselho de Defesa do Consumidor do Mato Grosso do Sul, do qual ela faz parte, cogitavam ajuizar uma ação civil pública a fim de obter mais informações do próprio INSS.

“Levei essa preocupação para o conselho. Falei sobre a necessidade de tomarmos alguma medida e, diante da preocupação com o crescente número de queixas e a ausência de respostas do INSS a nossos questionamentos, discutimos propor uma ação civil pública”, contou Carla, assegurando que tal hipótese está registrada nas atas das reuniões do conselho estadual, mas foi abortada quando a recente Operação Sem Desconto revelou que o problema não estava circunscrito ao Mato Grosso do Sul.

Cópias do relatório a que a Agência Brasil teve acesso foram entregues à Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senacon-MJSP), à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Ministério Público Federal (MPF).

No documento, com data de 30 de abril e assinatura da procuradora Carla Cardoso, há várias recomendações, incluindo que os três órgãos públicos apurem a situação das entidades alvo das reclamações de aposentados e pensionistas sul-mato-grossense que não constam da lista de empresas já investigadas no âmbito da Operação Sem Desconto.

Dificuldades

Titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), o delegado Reginaldo Salomão concorda que o trabalho dos órgãos estaduais de defesa do consumidor foi dificultado pela falta de colaboração de representantes do próprio INSS.

“Em 2024, tentamos ouvir o representante da autarquia no estado, mas ele não só demorou a comparecer à Decon como, quando o fez, não prestou nenhum esclarecimento sobre as reclamações que o Procon vinha recebendo”, afirmou o delegado.

“Então, desistimos. Nossa investigação travou. Mas como se tratava de um órgão federal e de recursos federais, encaminhamos o procedimento à PF”, acrescentou o delegado, revelando que, no curso da apuração, foram identificadas entidades de outras regiões do país cobrando mensalidades associativas de aposentados e pensionistas sul-mato-grossenses que garantem jamais ter autorizado tal desconto.

“Eles davam queixa nos Procons, que nos comunicavam. E, a partir disso, tudo o que queríamos saber do INSS era quem eram os responsáveis por solicitar a inserção dos descontos no sistema. Era uma pergunta muito simples, cuja resposta teria nos ajudado a chegarmos aos responsáveis”, completou o delegado.

Consultado pela reportagem, o INSS informou que não recebeu cópia do relatório da Cjur/Procon-MS e que, por isso, não comentaria o assunto. A autarquia também não se pronunciou sobre os comentários de Carla Cardoso e do delegado Salomão.

Contribuição

De acordo com o INSS, até as 17h de terça-feira (3), mais de 2,672 milhões de aposentados e pensionistas de todo o país contestaram os descontos de mensalidades associativas cobrados em favor de 41 entidades.

Dos cerca de 2,743 milhões de beneficiários que consultaram a autarquia, apenas 71.298 afirmaram ter autorizado o desconto.

A mensalidade associativa é uma contribuição que aposentados, pensionistas ou pessoas de uma determinada categoria profissional pagam, periodicamente, para integrar uma associação, sindicato ou entidade de classe sem fins lucrativos que represente os interesses de seus afiliados.

O desconto em favor das entidades autorizadas a oferecer a facilidade está previsto na Lei dos Benefícios da Previdência Social, em vigor desde 1991. A primeira organização a aderir à modalidade de cobrança começou a receber os valores descontados em 1994.

A partir daí, a quantidade de organizações autorizadas a oferecer o desconto em folha, bem como os valores movimentados, aumentaram gradualmente.

Dados do INSS e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontam que, em 2016, o total nacional de descontos chegou a R$ 413 milhões. No ano passado esse valor superou a casa do bilhão: R$ 2,8 bilhões. Contudo, nem o próprio INSS sabe estimar quanto desse dinheiro foi descontado ilegalmente.

Conforme a Agência Brasil noticiou ainda em 2024, a CGU apontou a fragilidade dos mecanismos de controle adotados pelo INSS “no âmbito do processamento dos descontos associativos” e recomendou que o instituto deixasse de efetuar a cobrança em favor das entidades civis, diretamente das aposentadorias e pensões pagas a seus beneficiários.

Bloqueio

Com base nas investigações preliminares, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Justiça Federal que determine, cautelarmente, o bloqueio de bens de 12 entidades associativas, bem como de seus dirigentes. O pedido alcança a cifra total de R$ 2,56 bilhões.

Segundo a AGU, as entidades investigadas atuavam como “empresas de fachada”, criadas com o único propósito de praticar a fraude contra os beneficiários da Previdência Social, subornando agentes públicos em troca da obtenção de autorizações para realizar os descontos de mensalidades associativas fraudulentas.

A ação movida pela AGU foi desmembrada em 15 diferentes processos judiciais e os pedido de bloqueio estão sendo julgados em blocos.

Até o momento, a Justiça Federal já determinou o bloqueio de R$ 119 milhões em bens de empresa e seus responsáveis citados em cinco das ações movidas pela AGU.




Fonte: Agência Brasil

Combate à gripe aviária mostra eficiência do Brasil, diz ministro


O sistema sanitário brasileiro sairá fortalecido e reconhecido internacionalmente, após lidar com a situação da gripe aviária ocorrida em uma granja comercial do Rio Grande do Sul. Na avaliação do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, até mesmo os casos ocorridos com aves silvestres comprovam isso porque não conseguiram afetar aves em viveiros comerciais.

A afirmação foi feita nesta quarta-feira (4) durante coletiva de imprensa organizada pelo ministério para atualizar os dados da gripe aviária no país.

“É importante dizer que essa crise mostrou ao mundo a robustez do sistema brasileiro”, disse o ministro. “Claro que não queríamos que [a doença] entrasse em uma granja comercial. Mas o fato é que, tendo acontecido [e não se espalhado], isso é também prova cabal de como o sistema brasileiro é robusto”, acrescentou.

De acordo com o ministro, a eficiência do sistema sanitário brasileiro evitou a saída da doença para outras granjas. Algo que, segundo ele, está mais do que comprovado.

Caso único

O único caso confirmado em estabelecimento comercial ocorreu há 14 dias em uma granja localizada no município gaúcho de Montenegro. Caso não ocorra um novo caso em granja comercial nos próximos 14 dias, o Brasil poderá se declarar país livre da gripe aviária, ao final dos 28 dias de vazio sanitário, previstos nos protocolos internacionais.

“Estamos, portanto, na metade do processo do vazio sanitário, sem que outras mortes ocorram nas granjas comerciais. Nossa expectativa é de que, ao final do vazio sanitário, a gente possa reduzir significativamente as restrições comerciais, até a volta completa à normalidade da comercialização”, destacou o ministro.

Transparência

Fávaro reiterou que o país manterá o estado de emergência, ampliando os processos de investigação e dando total transparência para que, ao menor indício, sejam investigados eventuais casos de animais silvestres, domésticos ou de granjas.

“Estamos com oito casos sendo investigados. Nenhum em granja comercial. O último caso de granja comercial investigado é  Antagorda (RS), que deu negativo ontem à tarde, como era de se esperar.

Zoo de Brasília

Com relação ao caso das duas aves (um pombo e um marreco irerê) encontradas mortas no Zoológico aqui de Brasília, dia 28 de maio, tratam-se de animais silvestres que não faziam parte do plantel do zoo.

Por isso, lembrou o ministro, a exemplo dos outros 168 casos de gripe aviária em animais silvestres, já ocorridos no Brasil, não implicarão qualquer restrição.

“Há dois anos não tínhamos casos [da gripe] em animais silvestres. Ou seja, desde 15 de maio de 2023. De lá para cá, nunca fechou um caso. É tão natural que não há protocolo prevendo restrição”, acrescentou.

As aves foram recolhidas pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) e enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para análise de possíveis casos de gripe aviária, o que já foi confirmado.

O fechamento preventivo também seguiu os protocolos de biossegurança, tanto para proteger a saúde dos animais como de colaboradores e visitantes.

Alerta

Fávaro disse que, tanto o caso de ave contaminada na granja do RS como eventuais casos em aves silvestres, devem servir de alerta para que os empreendimentos comerciais e criadouros de aves fiquem atentos.

Ele atualizou as restrições comerciais aplicadas contra a carne de frango brasileira. Segundo o ministro, dos 160 países que compram o produto brasileiro, 21 mercados estão com restrição total no Brasil; 14 suspenderam apenas a importação da produção com origem no Rio Grande do Sul ; e quatro deixaram de comprar a carne produzida no município de Montenegro.

“Mas já iniciamos negociações para diminuir a restrição total do Brasil”, disse o ministro.

Segundo Fávaro, as restrições de exportação resultaram em queda média de 7% no preço da carne de frango no mercado interno brasileiro.

Emergências sanitárias

Ainda durante a coletiva de imprensa, Fávaro disse que encaminhará, à Casa Civil, uma proposta de Medida Provisória visando garantir R$ 135 milhões em recursos para lidar com esta e outras crises sanitárias, tanto para casos de doenças que afetem animais como vegetais.

Ele disse que isso reforçará ainda mais o sistema sanitário do país, evitando maiores prejuízos.

O ministro explica que há atualmente quatro emergências sanitárias vigentes no Brasil.

“A da gripe aviária é a mais falada, mas há também relativas a doenças que atacam produções de cacau, carambola e mandioca”, disse o ministro.




Fonte: Agência Brasil

Com salários de até R$ 15,4 mil, concursos públicos e processos seletivos oferecem oportunidades no Oeste Paulista | Presidente Prudente e Região


Para concorrer a uma das oportunidades, o candidato deve ter graduação e titulação em programas de mestrado ou doutorado na área da disciplina, com experiência profissional de pelo menos três anos, ou graduação e especialização, cumulativamente, na área da disciplina, com experiência de pelo menos cinco anos.




Fonte: G1

Arqueóloga Niède Guidon morre aos 92 anos


A arqueóloga Niède Guidon, que dedicou sua vida à pesquisa e à preservação da Serra da Capivara, no Piauí, morreu nesta quarta-feira (4) aos 92 anos. A informação foi divulgada nas redes sociais do parque. A causa da morte não foi informada.

Ela revelou ao mundo as pinturas rupestres do parque que mudaram o conhecimento sobre o povoamento das Américas.

“Com coragem, paixão e compromisso com a ciência, fundou a Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM) e lutou por décadas para proteger e divulgar a riqueza arqueológica do Brasil. Sua trajetória deixa um legado imensurável para a ciência, a cultura e a memória do nosso país. Seu nome está eternamente gravado na história”, diz comunicado do parque.

No ano passado, a arqueóloga recebeu o Prêmio Almirante Álvaro Alberto 2024. A premiação, concedida anualmente pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Marinha do Brasil, é um reconhecimento aos cientistas brasileiros que contribuíram de forma significativa para a ciência e tecnologia do país e se deu durante a Reunião Magna da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Esse foi mais um título para a cientista que já foi condecorada com a Ordem do Mérito Científico, Grã-Cruz, do MCTI; além de ter conquistado o Green Prize, da organização pacificista e ecológica Paliber; o Prêmio Príncipe Klaus, do governo holandês; o Prêmio Fundação Conrado Wessel de Cultura; o prêmio Cientista do Ano, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); o Prêmio Chevalier de La Légion d’Honneur, do governo francês.

Segundo o CNPq, ao longo de sua carreira, Niède identificou mais de 700 sítios pré-históricos, entre os quais 426 paredes de pinturas antigas e evidências de habitações humanas antigas na área da Serra de Capivara, no Piauí.

Repercussão

A escritora Adriana Abujamra, autora do livro Niéde Guidon — Uma Arqueóloga no Sertão, afirma que a especialista fez uma revolução feminina no interior do Piauí ao chegar no local, na década de 1970. “Ela proporcionou uma revolução das mulheres. Ela contratou só mulheres para porteiras do parque. A chefe do parque hoje era uma menina quando a Niède chegou. Ela foi inspirada pela Niède. Ela falava em proteção do meio ambiente numa época em que pouca gente falava disso. Se não fosse o trabalho dela, talvez nem tivéssemos as pinturas rupestres e a fauna e a flora preservadas”.

Segundo Adriana, a arqueóloga chamou a atenção para grande resiliência da caatinga e modificou a região.

“Ela colocou o Brasil no mapa da discussão da arqueologia do mundo na questão da ocupação das Américas por mais controversa que fosse a posição dela naquela época. A importância dela vai muito além da arqueologia. A Niède transformou aquela região. A primeira universidade federal no interior do Nordeste existe em São Raimundo Nonato pelo afinco dela”.

Em nota, o governo do Piauí disse que a arqueóloga transformou milhares de vida na caatinga e seu legado estará sempre na memória e no coração dos piauienses. Segundo o comunicado, desde 1973, quando chegou à região da Serra da Capivara, Niède mudou os rumos da arqueologia brasileira e do primeiro registro do homem americano nas Américas, Ali, ela encontrou a riqueza de mais de mil sítios arqueológicos e pinturas rupestres datadas de até 12 mil anos de idade.

 “Tornou sua missão o reconhecimento destas riquezas e transformou a vida de sertanejos com diversos programas sociais. Para ela, desenvolver e prosperar o Parque Nacional da Serra da Capivara era sinônimo de melhorar a vida de cada piauiense que por ali se encontrava”, diz o governo.

 O diretor do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Alexandre Kellner, disse que recebeu com enorme consternação a notícia do falecimento de uma das principais arqueólogas do país.

“As contribuições realizadas pela professora Niède Guidon ficarão reverberando por bastante tempo, não apenas no campo da arqueologia, mas também em todos aqueles que atuam para a preservação do patrimônio científico, histórico e cultural do nosso país”.




Fonte: Agência Brasil

Rodovias do Oeste Paulista passam a contar com Pontos de Parada e Descanso para caminhoneiros




Medida passa a valer nesta quarta-feira (4), em Flórida Paulista (SP) e Martinópolis (SP). Ponto de Parada e Descanso para caminhoneiros em Martinópolis (SP)
Eixo SP
A partir desta quarta-feira (4), as rodovias Prefeito Homero Severo Lins (SP-284) e Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) passam a contar com Pontos de Parada e Descanso (PPDs) destinados exclusivamente a caminhoneiros.
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Segundo a Eixo SP, concessionária que administra as rodovias, os PPDs foram planejados para oferecer estrutura completa e gratuita aos caminhoneiros. São locais seguros, acessíveis e confortáveis para cumprir o descanso obrigatório previsto na “Lei dos Motoristas” e seguir viagem com mais saúde e tranquilidade.
Cada ponto de parada conta com 40 vagas.
Veja abaixo onde encontrar cada um dos novos PPDs:
PPD 2: fica no km 544,700 Da Rodovia Prefeito Homero Severo Lins (SP-284), km 544+700, em Martinópolis (SP)
PPD 3: fica no km 609,400 da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Flórida Paulista (SP).
Descanso com segurança
As áreas contam com cerca de 20 mil metros quadrados cada e reúnem as condições que um caminhoneiro precisa para recarregar as energias com segurança, conforto e dignidade.
Cada PPD terá portaria 24 horas, estacionamento com vagas demarcadas, iluminação total, monitoramento por câmeras e infraestrutura de ponta.
O acolhimento terá ainda refeitório com micro-ondas, lavanderia, sanitários, chuveiros, vestiários masculino e feminino, fraldário, armários individuais e sala de TV com sofás.
Segundo a concessionária, a Lei 13.103/2015 determina o repouso de 11 horas ininterruptas a cada 24 horas de jornada.
Os espaços ainda oferecem wi-fi gratuito nas áreas interna e externa, a exemplo do que já é disponibilizado nas bases do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), seja para checar uma rota, falar com a família ou simplesmente relaxar assistindo a um vídeo.

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Fonte: G1